Resenha: CEO - Amores Brutos 🍒💥📚 - Ky Crossfire
- Eline Alvarenga
- 6 de jul. de 2019
- 3 min de leitura

Livro: CEO - Amores Brutos
Autor: Ky Crossfire
Páginas: 421
Editora: Independente
“O Doce sabor da selvageria”
Nicholas Reis, é sem dúvida, o maior cafajeste do Rio de Janeiro, ouso dizer. Um cafajeste com coração mole. Pode isso?! Ele viveu a vida sem medo e preso a tantos problemas, encontrou na sua carreira de sucesso como o CEO de uma agência de modelos renomada, o seu destino. Porém, nem todo sonho está completo sem a metade que lhe cabe e falta.
Desde a infância, apaixonado por uma única garota mal humorada, de linguajar esdrúxulo, de olhar felino, mão pesada e o doce sabor do trabalho duro e independência. Isabel Brandão.
Isa, ou como aprendemos a chamar, Pitiça brava, viveu um relacionamento longo com Jorge, porém após descobrir uma traição, dar-se conta de todos os anos perdidos e investimentos em um sentimento sem fundo. Determinada a retomar seu sonho, acaba trabalhando para Nicholas, um amigo de infância que não via há muito tempo. Sem dobrar-se às vontades do “cabeludo” de olhos azuis, ela não só limpa a Mansão Reis do seu jeito, como brinca de casinha com o chefe. Uma paixão avassaladora e desejo descomunal tomam conta de ambos e tentar resistir é difícil, tornando o envolvimento inevitável.
O tempo passa para eles, e cada vez mais os segredos de ambos são revelados, prendendo mais o leitor. As duras realidades dos sentimentos de Nicholas, do filho, do passado de Luciana e Diana, as lembranças de Isa, Nick e Rico são muito frequentes, emocionando a quem estiver disposto a se entregar. O quê, por muitas vezes, pareceu confuso, na verdade, se provou necessário para fazer alicerce para momentos a frente. Um enredo bem construído, envolvente, delicioso e instigante, com apenas alguns pontos que me deixaram de cabelo em pé.
Admito que, por muitas vezes, me peguei com raiva da Isa, por sua teimosia e rendição fácil, por seu jeito abrasador e o dom de adocicar até quem lê sua história. Eu tive raiva de uma série de fatos e pessoas que se fosse contar, perderia a conta e ficaria aqui falando até o próximo ano. Raiva e indignação. Por que? Pelo simples fato de ela e o Nick conseguirem tornar o simples na pior equação de todos os tempos. E mesmo que ela tenha me feito subir pelas paredes com as descrições carregadas de desejo e luxúria, mesmo que ela tenha me matado do coração em mais situações do que posso contar e que eu queria, particularmente, estapear o Nicholas como se não houvesse amanhã, eu ainda limparia meu filtro de palavrões e usaria outra vez, só para ver o amor de infância, se tornar uma paixão avassaladora e incontrolável que pode custar tudo e ao mesmo tempo, ter dado muito mais que isso, beirando o infinito.
O final, confesso eu, foi o que me deixou mais angustiada, mas não aquela angústia boa que todo final deixa junto a ansiedade. Foi como se o desespero tomasse conta da escrita e deixasse um pouco do enredo fora de contexto. Sem spoilers, posso dizer que posso ter me decepcionado um pouco com o rumo das coisas e discordado de alguns pontos, entretanto, nem mesmo isso me tirou a vontade e satisfação de ler esse livro, a qual ficará marcada para sempre pela potência desse amor e brutalidade dessa união.
“Com amor não se compra, com amor não se vende, com amor que arde em desejo, queima em luxúria e produz chama de luz, abre porta de Paraíso e cultiva a felicidade. Bastou um olhar para levar seu coração e um beijo para render e prender os mais resistentes.” - Eline A.
A verdade por trás de Amores Brutos é que, mesmo querendo abandonar, mesmo com defeitos, imperfeições, indignações e reviravoltas revoltantes, é impossível não desejar um amor desse para si, mesmo que pervertido.
Comments