Resenha: Palácio de Mentiras (The Royals | Livro 3) - Erin Watt 💙✈🔥
- Eline Alvarenga
- 7 de jul. de 2019
- 3 min de leitura

Livro: Palácio de Mentiras - The Royals - Livro 03
Autor(a): Erin Watt
Páginas: 379
Editora: Planeta - Essência
O desfecho de uma grande história chegou à porta dos Royals, ou melhor, o fim dos segredos.
Quando Ella Harper atravessou os portões daquele palácio, não sabia que não só cinco garotos que mais pareciam bandidos do que mauricinhos ricos a esperavam, como todos os problemas, esqueletos dos passado e carga emocional viria de bagagem. A aflição crua com que a protagonista desvenda cada um desses homens até mesmo o patriarca Callum é visível e perturbadora durante todo o processo, doloroso.
Apesar de todas as brigas, desavenças e enormes avisos de “Mantenha Distância”, ela chegou ao fundo do que se pode dizer, coração Royal, mesmo que nesse ponto da jornada, se encontre entre mais problemas e o surgimento de um atormentador personagem que não passava de um fantasma até então. Steve O’Halloran está vivo, parecendo o náufrago sem a bola de vôlei, mas respirando e na porta de Ella em seu maior momento de aflição.
Caro leitor, se você achou que o final de Princesa de Papel, o primeiro livro da série, havia sido de tirar o fôlego, pode pegar a cadeira e se segurar em alguma coisa porque o final de Príncipe Partido veio para literalmente devastar nossos corações. Palácio de Mentiras surgiu com o objetivo de nos sufocar até o último segundo com o eletrizante caso do assassinato de uma vilã, Brooke Davidson.
Nem morta, essa alma dá folga, porque mesmo o quase esfacelamento da mansão com a descoberta do caso de Reed e Brooke no passado, não chegou nem perto de tornar nosso amado jogador de futebol americano acusado de assassinato.
É disso que parte todo o enredo deste último livro, com destaque para os famosos dramas adolescentes como relacionamentos paternos, rebeldia juvenil e é claro, o romance quente e latente. Ella e Reed estão mais colados que nunca e essa sentença de prisão pairando sobre eles é completamente angustiante durante todo o caminho. Os dados estão na mesa, ele é ou não, inocente?
O que mais me chamou a atenção é o quanto essas pessoas amadureceram, não que se tenha passado tanto tempo, já que por cronologia, faz apenas três meses que Ella chegou a Bayview. O ponto é que o surgimento dessa garota desencadeou uma série de mudanças, desde o comportamento dos rapazes, a responsabilidade paterna mais próxima de Callum, a afeição inesperada de Steve, a cumplicidade com pessoas que você nunca imaginaria estar gostando até o final do livro.
Não é que uma menina má pode salvar o dia? As surpresas são grandes, recheadas de verdade impactantes e meio previsíveis, entretanto, não são menos amáveis. Não gosto de finais, mas colocar um ponto final merecido em toda a angústia de um processo judicial foi essencial. Deixo nas mãos dos demais leitores e até mesmo de você que está lendo isso, se valeu ou não a pena ter chegado a até aqui.
Para mim, foi uma alegria ter me entregado a essa aventura de ser arruinada e aprender a amar cada pequeno defeito desses homens. Dizem por aí, não é sobre a chegada, e sim a viagem. Cada segundo das quatro vezes que percorri esse caminho foram maravilhosas e garanto, não me arrependo de nenhuma das risadas e lágrimas que compartilhei com todos ali.
P.s: Um beijo especial para Easton Royal, por nunca arrumar sua bagunça, por não dobrar a língua diante de qualquer situação, por me fazer rir e principalmente, por estar descobrindo que amar não é fácil. Reed nos ensinou isso.
“Eu tinha medo do futuro. Não sabia onde ia parar, não sabia se a raiva e a amargura dentro de mim um dia acabariam, se eu poderia me sentir digno ou encontrar alguém que seria capaz de ver através do babaca que eu finjo ser para o resto do mundo.
Mas não tenho mais medo, e encontrei alguém que me vê. Que me vê de verdade. E eu também a vejo. Ella Harper é tudo que eu vou ver, porque ela é o meu futuro. Ela é meu aço e meu fogo e minha salvação.
Ela é tudo.”
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